quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Que Queremos no Rugby em Portugal?

Por vezes, pergunto a mim mesmo se estou no planeta, no continente e no país correcto... Afinal, que queremos do Rugby em Portugal???

Continuamos a discutir o sexo dos anjos... O acessório em vez do essencial.

Propostas válidas e concretas, é aquilo que o panorama do Jogo do Melão precisa...

Vamos deixar as tricas de lado, os bairrismos bacocos e passemos aos finalmente, ao essencial.

E a questão é:

Como vamos tornar o Rugby um desporto de eleição, com peso, com estatuto, com importância acrescida e renome cá dentro e além fronteiras, sem cair no diz se que diz e na critica destrutiva sem nexo?

Não é melhor o Setúbal do que o Belenenses, o CDUL do que a Académica.

Todos são importantes no panorama do meloal nacional.

Os pequenos tornam-se grandes, os grandes podem tornar-se enormes.

Assim os seus dirigentes, em primeira instância, queiram e façam por isso.

E, por favor, que as cabeças pensantes no reino do Melão não se esqueçam que para o cesto dos melhores, não vale apenas o facto de se ser da capital e ter estatuto de menino bem...

Anda por aí muito filho de pedreiro que tem lugar no cesto dos melhores..... com muito mais justiça do que algumas pseudo vedetas que andam a pupular pelos ecrãs da tv ou pelas páginas das revistas cor de rosa....

Pai Tomás, sai do pedestal e faz como o Maradona.... vai observar com olhos de ver quem se entrega de alma e coração ao melão... esquece as elites.... esse, foi chão que já deu uvas.....

Tanto bom jogador que por aí anda sem uma oportunidade porque os lugares estão cativos.....

Como pode desenvolver-se assim o meloal?

19 comentários:

Anónimo disse...

Concordo....

Ainda nas ultimas convocatórias dos sub 20 e sub 21 se verificou que muitos bons valores foram tidos em consideração e depois, quando toca a treinar com os graúdos, pra ganhar experiência, são chamados os menos válidos.....

E eu tenho visto... putos bons do CDUL, Belenenses, Académica, tou me a lembrar do 8 grandalhão da Académica dos Sub 20 que não sei o nome mas é um portento se for acompanhado e que tem uma técnica fora do comum, e pode vir a tornar-se num jogador de eleição, goste-se ou não dele, se a equipa técnica nacional não for cegueta e facciosa ou servil aos interesses da capital....

E como esse tantos outros, cada um na especificidade do seu lugar na equipa e no jogo.

Por favor, lugar a quem gosta do jogo do melão e faz das tripas coração para o jogar, e fora aos queques que veem no Rugby apenas promoção e caminho rápido para o estrelato....

Não transformemos a equipa nacional numa feira de vaidades onde o estatuto social vale mais do que as aptidões técnicas.

Saraiva

Lisboa

Anónimo disse...

Bom dia!
Concordo com o teu post, acho que ainda se vê por aí (SN), muitos lugares cativos. O Filho do Sr. Dr. XPTX, o do Sr. Engª. Y, etc a manterem lugares na selecção apenas por compadrio.
Não digo que eu seja melhor, a minha provecta idade já não me permite chegar a esse nível ou ter a ambição de lá chegar.
Com isto quero apenas dizer que deveriam ser acompanhados desde mais novos os jovens talentos que por Portugal inteiro se vão desenvolvendo, todos nós sabemos ver um talento emergente.. era importante acompanhá-los.
Era bom também que alguèm com alguma responsabilidade acompanhasse jogos das divisões inferiores ás da honra... há por lá gente com valor e vontade, que nunca chegam a lado nenhum porque ninguém lhes dá a oportunidade de treinar com os melhores.
Assim em vez de termos os habituais, haveria concerteza mais gente a lutar (saudavelmente) por um lugar ao sol..
Cumprimentos.

Anónimo disse...

(retirado do site da FPR)

RUGBY, UM JOGO PARA GENTE BEM-EDUCADA

Nós, gente do rugby, gostamos, mostrando o diferente que nos sentimos, de publicitar a definição do jogo no conceito "um jogo de rufias jogado por gente bem-educada" - já não por cavalheiros porque, como também sabemos, os homens não são únicos na modalidade.

E há toda uma profunda razão para o definirmos assim. Desde sempre o jogo de rugby tem uma ética própria subordinada a um conjunto de valores que se estabelecem no seu "Código do Jogo". De facto, existe toda uma maneira de estar que se pretende diferente e tradutora de uma cultura distinta em que o respeito, o "fair-play", o espírito colectivo de equipa, o companheirismo, a abnegação, a boa educação constituem algumas das componente de valores e atitudes que formatam a envolvente do jogo.

E assim sendo, é natural que possamos utilizar, com orgulho, a marca da diferença - um amigo meu, médico e frequentador internacional de estádios de futebol, viu, pela primeira vez, um jogo de rugby no França-All Blacks do centenário da FFR: não julgava possível, dizia, a confraternização permanente entre os espectadores adversários que o rodeavam. Espantado, tornou-se adepto.

Mas se pretendemos sê-lo, devemos, no mínimo, parecê-lo. E o que se passa à volta dos nossos campos em dia de jogo não pertence a este mundo edílico que pretendemos transmitir aos de fora. Espectadores, antigos jogadores na sua maioria, insultam árbitros e adversários, chamam nomes a quem bem querem e comportam-se como rufiotes numa constante demonstração arruaceira, deixando - para inglês ver - a proclamação da pretendida boa educação.

O jogo de rugby não é fácil de gerir. Os árbitros, como os jogadores, têm dificuldades na análise da sequência pela rapidez da acção e pelo número de intervenientes. Mas próximos e se pertencentes ao mesmo patamar, vêem melhor e analisam quase sempre melhor. E, na grande maioria dos casos, tomam a decisão correcta e são os espectadores que, ignorantes da Lei, protestam violentamente, impondo a emoção à razão, pressionando para que a sua cor, apesar de faltosa, deixe de ser "roubada!".

Nada deste comportamento se justifica ou ajuda o rugby português no seu desenvolvimento e progressão. Pelo contrário: desfocaliza jogadores, pressiona treinadores e árbitros de forma desadequada, retira lucidez aos intervenientes e transforma o jogo num espectáculo nada dignificante e que só diminui o campo de influência da modalidade.

Precisamos de melhorar todos os dias o rugby que se joga em Portugal. Para o que necessitamos de melhores treinadores, melhores jogadores, melhores árbitros, melhores dirigentes. Numa vontade que dispensa claramente os piores exemplos da Blood, Sweat and Beers de antanho.

E se, em vez deste comportamento trauliteiro e para começar o novo ano, fizéssemos um esforço para aprender as Leis do Jogo e a sua aplicação prática? Um esforço para que os treinadores fossem exigentes com os seus jogadores, educando-os de acordo com as Leis do Jogo; um esforço dos dirigentes para imporem o rigor das Leis do Jogo nas equipas dos seus clubes e decente comportamento aos seus adeptos; um esforço dos espectadores para que se comportassem como gente bem-educada. E se não há, como também sabemos, jogos sem árbitros e para um futuro com tudo a correr pelo melhor, porque não tentar uma parceria: criar o hábito de convidar os árbitros para se treinarem semanalmente com os diversos clubes.

Talvez assim pudéssemos fazer compreender a marca da nossa diferença: no Rugby, a vitória, sendo importante, não é o mais importante; o mais importante é poder pertencer a uma comunidade muito especial - a comunidade rugbística.

Lisboa, 1 de Janeiro de 2009

João Paulo Bessa

Anónimo disse...

Bom post!

Anónimo disse...

É vdd, isso dos compadrios nas selecções e no cnt, eu sou da agro eé com imensa pena que vejo que os nossos jogadores são descriminados, pq? n sei?, mas como será possivel uma equipa que dá 60 a académica( peço dsc á AAC por dar este exemplo, mas é só para demosntrar o que quero dizer) e depois não temos 1 jogador no cnt e a AAC tem 6 ou 7!??!estranho Quem é o (in)responsável pelo CNT em lisboa? alguem sabe?
saudaçoes

Anónimo disse...

O post é verdadeiro. mas temos de saber algumas coisas. Há pessoal que é bom e até foi convocado para treinos e faltava muto e pouco por lá aparecia. Também há pessoal das camadas jovens que foi convocado para período experimental e nunca punha os pés no ginásio...atenção que tinhm de ir 2 vezes por semana e sabiam disso. Parece-me é que também quem não tem pais que dão mais suporte (ir levar-trazer, pagar táxis etc) tudo se torna mais dificil. Cumprir com aproveitamento a escola e estar as vezes necessárias no Jamor (nada fácil para quem tem de ir de transportes públicos) que implica muita perda de tempo, isto para além dos treinos com o clube. Em mais velhos quem tem de levar o curso a sério, porque os pais não podem sustentar o filho na Univ vários anos ou então quem tem de trabalhar para se sustentar e não tem forma ou profissão que dê para baldas também não consegue cumprir um CTN (diferente do CNT). Como tudo na vida tem mt mais possibilidades quem tem pais ricos. Para inverter isto era preciso haver uma academia quefunciona-se como nos outros paises vivendo lá e com 1 gd relação com a escola. E que as Universidades e a FPR estivessem mais próximas. Assim como um regime profissional para quem quizesse.

Anónimo disse...

Desde que cheguei ao rugby que sinto que tanto o Técnico como o Benfica são clubes mal amados e que muitos dizem mal, quando é objectivo percebo, mas por vezes é mesmo por antipatia....dev haver uma razão mas não percebo bem o porquê

Anónimo disse...

E os emigrantes? Está a ser feita a observação necessária...?

Eu gostava de "ter de ir" à Nova Zelândia...!!!

Anónimo disse...

Alguém sabe resultados de hoje?

Anónimo disse...

É desta que a Agro ganha o Campeonato!

Anónimo disse...

quando o pai tomás não andar "atrás" das elites? ! ?

...acredita que numca o fará, nem que chovesse ouro!

...quando acontecer, portugal dos pequeninos, passou a ter a sua capital, em terras de "lolitas"!

Anónimo disse...

Como pode haver lugar cativos somo o do aguilar e Portela? foram optimos jogadores, deram muito por Portugal e todos estamos agradecidos e reconhecemos toda a carreira....mas agora há que dar lugar aos mais novos, oportunidades a outros também bons e que estão em forma para após treinarem em regime intensivo representarem Portugal. O Tomás tem de saber escolher em todo o meloal

rugby disse...

http://fullback15.blogspot.com/

Anónimo disse...

O que dizer dos torneios de TENS, o que te parece das últimas convocatórias?

Anónimo disse...

Pessoal,
vamos mobilizar-nos para que o Mundial de Sevens dê na RTP ou noutro canal de sinal aberto.

Anónimo disse...

Cheguei hoje de uma visita a Paris e fiquei feliz por saber que o Rugby é, neste momento, o desporto de eleição em França.
Sim, conseguiu passar à frente do futebol, facto impenssável para o zé povinho português.
Até na estação de metro havia publicidade a jogos da segunda divisão!
Por outro lado, fiquei muito triste por ver que um desporto que adoro não tem dimensão nenhuma no país em que vivo. Só a tv privada passa rugby e o campeonato e a federação pouco ou nada fazem para a poiar a modalidade. Não é assim tão difícil tornar este um desporto de massas como acontece em frança- basta vontade e trabalho.
O rugby é um desporto apaixonante mas enquanto o Portugalzinho não vir mais nada à frente que não seja o controverso e corrupto futebol, vais er difícil levar o desporto para a frente.
Quando puder quero criar um clube de rugby na minha "terra"(Esmoriz) e quero ser um exemploa seguir.
Ainda acredito que o rugby possa vir a triunfar em Portugal e as mentalidades possam mudar.

Anónimo disse...

A Selecção Nacional de Rugby enfrenta mais uma competição de peso, o Mundial de Sevens, este ano a decorrer no Dubai nos dias 05, 06 e 07 de Março. Os campeões europeus vão defender o seu título e representar as cores nacionais perante as selecções do grupo D (Samoa, Austrália e a Irlanda).

E não sendo possível acompanharmos os jogos nas bancadas criamos "the next best thing", no Amoreiras Plaza (Rugby Spot), bem no coração de Lisboa, estará montado um bar onde serão transmitidos os jogos de Portugal e onde os jogadores da selecção, que ficaram em Portugal, e fãs da modalidade vão viver as emoções da competição. E contamos com a sua presença.

Anónimo disse...

E um comentário mais recente.......A dinâmica é importante para o desporto crescer.....

Um abraço

JL

Anónimo disse...

Que tal um novo post?!